Parauapebas: Diógenes Samaritano será julgado dia 20 deste mês pela morte de Dayse Dyana

Ele será julgado em Belém. O crime aconteceu em março de 2019 e teve grande repercussão em Parauapebas, onde o casal morava, e Marabá, onde moram os familiares da vítima 

Diógenes vai enfrentar Júri Popular no dia 20 deste mês pela morte de Dayse

Parauapebas/PA -  O agente do Detran, Diógenes dos Santos Samaritano, vai enfrentar o Tribunal de Júri no dia 20 deste mês pela morte da mulher dele, Dayse Dyana Sousa e Silva, que tinha 35 anos na época do crime. Diógenes já foi condenado por outro crime, em 2021.

Ele foi sentenciado no dia 22 de novembro por apreender ilegalmente CNH's e documentos de veículos com alguma pendência com o Detran e devolução, somente por meio de pagamento de propina. A farta documentação que levou ele a condenação foi apreendida na casa dele durante as investigações sobre a morte de Dayse. 

Ele está recorrendo da sentença. Por conta disso, ele ainda não foi exonerado do cargo no Detran.

Documentos encontrados na casa de Diógenes, que o levaram a primeira a condenação


Dayse foi morta na manhã do dia 31 de março de 2019 na casa onde morava com o acusado no Bairro Parque dos Carajás. Conforme apurado pela perícia, ela foi agredida pelo companheiro e, depois, quando estava desacordada, foi jogada da janela do segundo piso da residência, morrendo no local.

Dayse foi jogado pelo acusado pela janela da casa onde moravam, no Parque dos Carajás


Diógenes e sua defesa chegaram sustentar, de início, que a vítima se atirou da janela, mas as evidências encontradas pela perícia e também o histórico de violência de Diógenes apontaram para o crime de feminicídio. Após as evidências contra ele, o então agente do Detran foi preso e denunciado pelo Ministério Público pela morte de Dayse.

Diógenes tentou mais de uma vez habeas corpus para responder pelo crime em liberdade, mas teve os pedidos negados.  

Julgamento - O Julgamento está marcado para iniciar às 8h, do dia 20 deste mês, no Fórum Criminal, no Bairro Cidade Velha, e será presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, da 4ª Vara do Tribunal de Júri de Belém. O desaforamento para Belém do caso deixou amigos e familiares de Dayse indignados, pois queriam que ele fosse julgado em Parauapebas, onde cometeu o crime bárbaro. É que na capital, os jurados, no total de sete, serão todos de lá.

"O desaforamento deixa mais uma vez a população de Parauapebas sem julgar os crimes ocorridos na cidade", frisa um parente de Dayse.  


Por Tina DeBord

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